Na última edição da Revista de vinhos inglesa Decanter, um vinhedo do Vale de Aconcagua, Vinhedo El Escorial foi destaque com 91 pontos de um total de 100 na reportagem “South America’s Extreme Terroirs” (Terroirs Extremos de América do Sul), onde destaca-se pela suas condições extremas de produção em altura a 1,600 metros a.n.m. Nessa reportagem, onde foram escolhidos os 10 terroir mais extremos, 5 foram de Chile, 4 da Argentina e 1 do Brasil. O Master of Wines inglês Alistair Cooper escreveu essa reportagem, destacou que o emergente Vinhedo do Vale de Aconcagua que acabou de engarrafar seu primeiro cuvée sob o rótulo a partir de uma vinha na área de Río Colorado a 1,600 m a.n.m, caminho a Portillo, estabelecido no ano 2012 com apoio da CORFO.
“Um dos maiores dos maiores desafios é chegar na vinha, porquanto está totalmente isolada” fala o proprietário Rodrigo Espinosa Carey, quem atenta além disso que são vários os desafios que tem que encarar, como o caminho de montanha de 10 quilômetros íngremes, geadas, neve e a ausência de eletricidade. A reportagem salienta que foram plantadas seis variedades de uva com dois porta-enxertos diferentes, e, um control para determinar qual se iria comportar melhor nas condições extremas de altura. O objetivo era duplo, no primeiro lugar encontrar as melhores uvas e padrões para a localidade, e, no segundo lugar criar um viveiro com material vegetal e porta-enxerto que se adaptarem a la viticultura de altitude de clima gelado.
A ideia é se converter em um viveiro de produção de apostas de alta montanha devido ao aumento de bodegas investigando novos terroirs. Foi descartado o Carménère, porquanto não conseguiu madurar nessas condições, além do Chardonnay e Muscat que se apresentaram muito vulneráveis às geadas por ter uma maturação precoce. Os melhores resultados tem sido do Syrah e Malbec, que tem sido o vinho engarrafado o ano 2015.
